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18 de mar. de 2016

Intercâmbio em família: mãe e filho embarcam para Cambridge

Na semana passada, a gente falou sobre a experiência de intercâmbio de um casal. Hoje, vamos falar de outra dupla, mas, desta vez, uma mãe e um filho. A promotora de justiça Márcia Aída (50) e seu filho André Silva (19) realizaram um curso de línguas em Cambridge, na Inglaterra. Ela passou seis semanas por lá. Ele, por vinte semanas. Vamos conferir como foi essa aventura?


Como surgiu o desejo de realizar um intercâmbio “em família”?

Estudar inglês sempre foi um interesse partilhado entre os membros de nossa família. O que faltava era disponibilidade de tempo para passar uma temporada fora do país. André decidiu estudar um período fora e perguntou se eu poderia acompanhá-lo, no que foi prontamente atendido.

Como foi o processo de escolha do destino de intercâmbio, no caso, Cambridge? E do período de intercâmbio de cada um?

Cambridge foi escolhida por dois motivos: é reconhecidamente a cidade com algumas das melhores escolas do mundo, tanto para quem quer aprender a língua inglesa como também para quem deseja cursar universidade. A outra razão foi que o Rodrigo Pinto, meu outro filho, já havia passado 04 meses estudando lá. O período do curso (06 semanas), no meu caso, foi o que consegui juntar ao tirar licença premio onde trabalho. André trancou o período na universidade para passar 20 semanas fora.

Que aspectos despertaram mais interesse e foram decisivos para a escolha? Foi possível conciliar as preferências e agradar a todos? 

(Foto: Arquivo pessoal)
Sim, conseguimos conciliar interesses (estudar, viajar e fazer novos amigos). A Inglaterra é um pais fantástico, exala cultura, com muitas atrações para visitar, diversidade racial, etc. 

As expectativas em relação à cidade foram superadas? Quais as suas impressões?

Cambridge é perfeita para morar: pequena, mas vibrante, possui tudo que é necessário para agradar o público mais exigente: comércio amplo, shoppings, cinemas, etc. A escola Eurocentres é fantástica: bem localizada, com professores atenciosos, porém exigentes (recebíamos tarefas todo dia e eram cobradas no dia seguinte). Áreas de leitura, sala de computadores novos, com toda estrutura de suporte, cantina etc

Acredita que o período de intercâmbio foi mais tranquilo por estar com o filho, ou seja, com alguém mais próximo e que poderia conversar, em meio às novas experiências e desafios? 

Foi bom, mas a proximidade entre pessoas da mesma língua atrapalha! o ideal é ficar longe dos nativos!

Como era o cotidiano de vocês no período das aulas, no tempo livre, etc?

André com amigos na
Inglaterra (Foto: Arquivo pessoal)
Fiz o intensivo de 30 horas semanais (...) Sempre saíamos para o centro após as aulas, principalmente às quartas-feiras, quando o comércio local ficava aberto até às 20h. Íamos ao cinema, museus, livrarias e procurei experimentar a culinária local bem como thai, chinesa, árabe, etc.

Costumavam ficar juntos ou, com o tempo, foram se adequando aos respectivos grupos, inclusive por conta das idades diferentes?

Na escola, cada um com seu grupo, inclusive devido ao nível de inglês diferente, o que nos levou a ficar em salas distintas. Nas folgas, algumas vezes juntos, noutras (saídas noturnas) André ia com amigos. 

E quando você teve que voltar, foi difícil para o seu filho seguir o intercâmbio dele “sozinho” ou ele já estava mais adaptado?

Acho que só sentiu saudades das refeições juntos, mas ele já estava completamente adaptado: lavava roupa, limpava quarto, fazia a própria comida!!

Que aprendizados puderam ser absorvidos durante o período de vivência em outro país?

Respeitar as diferenças é fundamental! Observamos o respeito ao outro (pedestre, bicicletas...), onde os carros aguardam a vez! A sensação de andar sozinho, a qualquer hora sem medo! E a facilidade de se locomover.


Márcia ao centro, com amigos  (Foto: Arquivo pessoal)

Seja você jovem, adulto, casado ou solteiro: tenha a certeza de que o intercâmbio continua sendo uma experiência para os mais diversos públicos, idades, gostos ou profissões. A Márcia e o André que o digam, não é mesmo? :)