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31 de ago. de 2015

Verdade ou mito: especialistas tiram dúvidas sobre intercâmbio


Partir para outro país, aprender um novo idioma, morar na casa de uma família que não é a sua... tudo isso pode causar um pouco de insegurança (ou muita!) em estudantes intercambistas, sem falar em outros inúmeros questionamentos. Pensando nisso, o site de notícias UOL Educação reuniu algumas das principais dúvidas que rondam a mente daqueles que decidem ir para outros países para estudar e crescer profissionalmente.

Confira abaixo a lista de 12 itens que tratam de mitos e verdades sobre intercâmbio:


1. Intercâmbio é só diversão”. MITO!
O intercâmbio proporciona aprendizagem de um novo idioma, vivência de novos costumes e experiências. Mas o pacote também inclui responsabilidades. "Os programas de intercâmbio têm regras a serem seguidas e os participantes são obrigados a assinar um termo de ciência. O descumprimento de regras pode fazer com que a empresa desligue o intercambista do programa", afirma Paula Prado, gerente executiva da Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil).

2. “É melhor fazer intercâmbio depois de se formar do que durante o ensino médio”. MITO!
Não há uma idade definida. A decisão depende da maturidade e dos objetivos que o intercambista pretende alcançar. "Quanto mais cedo o jovem estiver em contato com um idioma estrangeiro, mais preparado ele estará para futuramente ingressar em uma universidade internacional" afirma Carlos Robles, presidente da Belta (associação de agências de intercâmbio). 

3. “Morar em casa de família é mais barato do que em residência estudantil”. DEPENDE!
A casa de família pode ser mais barata por incluir alimentação e permitir que o estudante conheça a cultura local mais de perto. Os especialistas destacam, porém, que é preciso considerar o destino, já que os custos com transporte público podem fazer com que os valores se tornem equivalentes. Além do bolso, é preciso ponderar os costumes da casa.

4.“Namoro de intercâmbio não dá certo”. MITO!
"Não há uma resposta unânime, mas os especialistas dizem que as diferenças culturais e a distâncias podem ser superadas", destaca Luisa Perdizes, diretora de intercâmbios da AIESEC (rede de intercâmbio sem fins lucrativos).

(Stefan Pastorek/UOL)


5. “Ter amigos brasileiros durante o intercâmbio atrapalha a aprendizagem do idioma”. DEPENDE!
Para Paula Prado, da Abipe, o ideal é que o intercambista explore a oportunidade de falar outra língua. "Com amigos brasileiros, a tendência do estudante é ficar na sua zona de conforto", diz Paula. "Conhecer pessoas e culturas de diferentes países vai engrandecer o aprendizado", destaca Carlos Robles, presidente da Belta (associação de agências de intercâmbio).

6. O ideal é começar a se preparar um ano antes do intercâmbio”. VERDADE!
Quando mais cedo tomar a decisão, mais tempo você terá para pesquisar costumes, fazer os exames e preparar a documentação necessária. Fechar um pacote com antecedência também pode garantir melhores preços.

7. “É possível fazer intercâmbio com pouco dinheiro”. VERDADE!
Comprar com antecedência, optar por cursos de curta duração e hospedagem em casa de família são medidas que costumam baratear a viagem. Além disso, há instituições que oferecem bolsas para estudar no exterior.

8. “Intercâmbio é valorizado pelo mercado de trabalho”. VERDADE!
Segundo Paula Prado, gerente executiva da Abipe, as empresas valorizam muito as competências desenvolvidas durante um intercâmbio, como flexibilidade, respeito ao próximo e convívio com a diversidade.

9.  “Não dá para aprender o idioma em cursos de menos de seis meses”. MITO!
Existem cursos de idiomas para estudantes com conhecimentos básicos da língua estrangeira e para pessoas que já têm domínio e pretendem fazer cursos curtos para se aprimorar. 

10.  “Para fazer intercâmbio, é preciso ter domínio do idioma”. MITO!
Há cursos para todos os níveis de aprendizagem. "Depende do programa escolhido, mas se o estudante já tiver um conhecimento do idioma, a viagem será mais proveitosa", afirma Carlos Robles, presidente da Belta (associação de agências de intercâmbio).

11. “Intercâmbio para voluntariado alia crescimento pessoal e profissional”. VERDADE!
Os intercambistas que escolhem fazer trabalhos sociais em outros países conseguem aprender o idioma e turbinar o currículo, tudo isso com alto grau de satisfação. É possível contratar uma agência de intercâmbio, entrar em contato direto com as organizações não-governamentais ou se inscrever em um programa da AIESEC, uma rede global que encaminha jovens universitários do mundo todo para intercâmbios sociais e profissionais.

12. “Trabalho temporário pode pagar gastos com viagem”. VERDADE!
Alguns intercambistas trabalham para aprimorar a língua estrangeira, conhecer costumes locais e ainda conseguem pagar os investimentos iniciais da viagem. "Cada pessoa que decide fazer um intercâmbio decide também que tipo de experiência que quer viver", afirma Luisa Perdizes, diretora de intercâmbios da AIESEC (rede de intercâmbio sem fins lucrativos).